A Operação Condor e a Ditadura - Operação Condor



OCD 12 - Operação Condor

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Países participantes da Operação Condor. Em verde: membros ativos (Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai). Em verde claro: membros esporádicos (Colombia, Peru, Venezuela). Em azul: EUA.
A Operação Condor (também conhecida como Carcará, no Brasil) foi uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do SulBrasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai — criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras e eliminar líderes de esquerda instalados nos seis países do Cone Sul.
Montada em 1975 por iniciativa do governo chileno 1 , a Operação Condor durou até a onda de redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus. Estima-se que a Operação Condor resultou em mais de 400 mil torturados e 100 mil assassinatos.

Índice       

1 Financiamento e treinamento

Financiamento e treinamento

Os países participantes foram o Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Chile. O governo do general Hugo Banzer na Bolívia também colaborou.
A ação foi conjunta e o governo norte-americano dela tinha conhecimento, conforme demonstram documentos secretos divulgados pelo Departamento de Estado em 2001 2 . Entretanto, o governo dos EUA alega que dentre todos os papéis liberados, nada há que comprove a participação ativa dos Estados Unidos na Operação Condor.
A função principal era neutralizar os grupos de esquerda, que tinham como objetivo derrubar as ditaduras então vigentes e substituir por um governo nos moldes soviéticos, opositores aos governos ditatoriais - Tupamaros no Uruguai, Montoneros na Argentina, MIR no Chile, ALN no Brasil, etc - que se opunham aos regimes militares montados na América Latina. O primeiro passo da Operação Condor foi executar a imediata unificação de esforços de todos os aparatos repressivos dos países participantes.

Participantes das ações

Foi comprovada, em 1992, através de documentos da polícia secreta do Paraguai, a existência de uma ação de Estado implantada em todo o cone Sul. Na verdade, a Operação Condor foi um acordo costurado por todos os países da região com o intento de facilitar a cooperação regional na repressão aos opositores dos regimes militares que então governavam o Brasil, a Argentina, o Chile e a Bolívia. Teoricamente esses opositores dos regimes militares faziam parte de grupos guerrilheiros com ideologia socialista nos moldes da filosofia radical maoísta e stalinista. Eram apoiados por Cuba de Fidel Castro e indiretamente pelos governos socialistas da antiga União Soviética e da República Popular da China, que desejavam expandir o modelo socialista para todos os países da América Latina. Além do apoio tático e estratégico fornecido pelo governo de Cuba, esses grupos buscavam os recursos financeiros através de ações criminosas, como roubos a bancos e sequestros.

Negativa de direitos jurídicos e políticos

 A jurisdição da Operação se estendia, portanto, a todos os países envolvidos. A ausência de procedimentos burocrático-formais facilitava as trocas de informações e de prisioneiros (eventualmente dados como "desaparecidos") de diferentes nacionalidades. Aos acusados e perseguidos pelos agentes, eram negados todos os direitos humanos e políticos. Podiam facilmente ser levados de um território a outro sob a acusação de terrorismo.


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