OCD 12 - Operação Condor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Países
participantes da Operação Condor. Em verde: membros ativos (Argentina, Bolivia,
Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai). Em verde claro: membros esporádicos
(Colombia, Peru, Venezuela). Em azul: EUA.
A Operação Condor (também conhecida como Carcará, no Brasil) foi uma aliança político-militar entre os
vários regimes militares da América do Sul — Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai — criada com o objetivo de
coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras e eliminar líderes de esquerda instalados nos seis
países do Cone
Sul.
Montada em 1975 por
iniciativa do governo chileno 1 , a Operação Condor durou até a onda de
redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus. Estima-se
que a Operação Condor resultou em mais de 400 mil torturados e 100 mil
assassinatos.
Índice
1 Financiamento e treinamento
Financiamento e treinamento
Os países participantes
foram o Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Chile. O governo do general Hugo Banzer na Bolívia também colaborou.
A ação foi conjunta e o
governo norte-americano dela tinha conhecimento, conforme demonstram documentos
secretos divulgados pelo Departamento de Estado em 2001 2 . Entretanto, o governo dos EUA alega que dentre todos
os papéis liberados, nada há que comprove a participação ativa dos Estados Unidos na Operação Condor.
A função principal era
neutralizar os grupos de esquerda, que tinham como objetivo derrubar as
ditaduras então vigentes e substituir por um governo nos moldes soviéticos,
opositores aos governos ditatoriais - Tupamaros no Uruguai, Montoneros na Argentina, MIR no Chile, ALN no Brasil, etc - que se
opunham aos regimes militares montados na América Latina. O primeiro passo da
Operação Condor foi executar a imediata unificação de esforços de todos os
aparatos repressivos dos países participantes.
Participantes
das ações
Foi comprovada, em 1992, através de documentos da polícia secreta do Paraguai, a
existência de uma ação de Estado implantada em todo o cone Sul. Na verdade, a Operação Condor foi um acordo costurado
por todos os países da região com o intento de facilitar a cooperação regional
na repressão aos opositores dos regimes militares que então governavam o
Brasil, a Argentina, o Chile e a Bolívia. Teoricamente esses opositores dos
regimes militares faziam parte de grupos guerrilheiros com ideologia socialista
nos moldes da filosofia radical maoísta e stalinista. Eram apoiados por Cuba de
Fidel Castro e indiretamente pelos governos socialistas da antiga União
Soviética e da República Popular da China, que desejavam expandir o modelo
socialista para todos os países da América Latina. Além do apoio tático e
estratégico fornecido pelo governo de Cuba, esses grupos buscavam os recursos
financeiros através de ações criminosas, como roubos a bancos e sequestros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário