BRASIL
1964-1985
MD-17 - Versões da mídia inglesa
sobre a ditadura
Tatiana Maia (*)
Aconteceu
em 1964 e durou até 1985. Mas até hoje não se sabia que postura a imprensa
inglesa, famosa nos quatro cantos do mundo pela imparcialidade, manteve em
relação ao golpe militar no Brasil. A versão contada lá fora foi a verdade
ou a "verdade verde", proclamada pelos militares? O "cale a
boca" dos militares, que calou nossa imprensa, terá silenciado também
a mídia internacional?
Que
importância teria a cobertura da imprensa inglesa do golpe militar no
Brasil?
Toda.
A Inglaterra sempre teve papel de destaque no fluxo de informação para o
mundo. É disseminadora de pautas para os jornais europeus, "mãe"
da BBC, da Reuters, de The Times, The Guardian e
os tablóides.
Pensando
no impacto da versão contada pelos jornais ingleses na
decodificação/interpretação do golpe militar brasileiro pelos leitores
mundo afora, decidi analisar a cobertura de três de seus maiores jornais
diários.
Um
possível silêncio da imprensa inglesa quanto ao que ocorria no Brasil seria
uma evidência de que ela teria fracassado no seu mais evidente papel, que é
o de promover e apoiar a democracia. Vou um pouco mais além, para concordar
com a idéia bolchevique de que imprensa existe para "mobilizar o povo
para a revolução".
Entre
1964 e 1985, o Brasil foi testemunha da demolição de um governo democrático
de direito e da violação dos direitos humanos. Atraindo a atenção de seus
leitores para o que acontecia no Brasil e em outros países sob regimes
ditatoriais, a imprensa inglesa talvez pudesse "mobilizar o público
para a revolução". Neste caso, tal revolução poderia ser simplesmente
uma campanha mundial para o fim desses regimes, como aconteceu em reação à
última guerra no Iraque.
The
Guardian foi estudado porque era
o jornal de qualidade mais vendido em 1964, com circulação média de 277.600
exemplares por dia. The Times foi escolhido porque era o
diário com mais credibilidade na cobertura de assuntos internacionais. Era
também o segundo jornal de qualidade mais vendido em 1964, com média de
255.225 cópias/dia. O terceiro jornal escolhido para estudo foi oDaily
Mirror.
Embora
o Daily Mirror seja um tablóide, e os outros doisbroadsheets (tamanho-padrão),
o impacto causado pela publicação (ou não) de uma matéria nesse jornal era
fato relevante, e impossível de não ser levado em consideração por qualquer
pessoa disposta a analisar a cobertura da imprensa inglesa. Enquanto o jornal
de qualidade com maior vendagem atingiu média de 277.600 exemplares por
dia, o Daily Mirror alcançava em 1964 uma média de
circulação de 5.085.124 cópias/dia!
Os
aspectos observados para definição da postura da cobertura do golpe militar
no Brasil entre 1964/85 foram: a preparação para o golpe, o golpe em si, a
reação ao golpe, como atos de violência e o governo militar foram descritos
tendo como base a semiótica, se foram reportados os casos de pessoas
desaparecidas e de censura, a preparação para a eleição presidencial em
1985, o fim da ditadura e o que se esperava para o Brasil com o fim do
governo militar.
A
análise de jornais de 7.594 dias seria muito trabalhosa e talvez pouco
acrescentasse à conclusão que se podia chegar com o estudo dos principais
acontecimentos desse período, uma vez que o Brasil não é notícia todos os
dias em jornais ingleses.
Para
facilitar o processo, verifiquei jornais dos seguintes períodos: entre 22
de março e 30 de abril de 1964 (dez dias que antecederam o golpe e o primeiro
mês que o sucedeu) [jornais de 27 de março de 1964 não puderam ser
analisados porque na época não circulavam jornais às sextas-feiras santas];
entre 13 de dezembro de 1968 e 13 de janeiro de 1969 (primeiro mês seguinte
à implementação do AI-5); entre 27 de outubro e 7 de novembro de 1975
(primeiros dez dias após o jornalista Vladimir Herzog ser encontrado morto
numa cela policial em São Paulo) [comecei a analisar a partir do dia 27
porque 25 de outubro foi um sábado, e imaginei que notícias sobre o ocorrido
só começariam a circular na Inglaterra a partir da segunda-feira; os
jornais de domingo na Inglaterra são considerados independentes de suas
versões durante a semana]; e, finalmente, entre 5 e 25 de janeiro de 1985
(últimos dez dias antes da eleição presidencial e os primeiros dez dias que
a sucederam).
Do
ponto de vista histórico, não se pode deixar de chamar a atenção de quem lê
esse texto para a propaganda anticomunista difundida durante a Guerra Fria.
Herman & Chomsky [Manufacturing Consent: The Political Economy of
the Mass Media, Londres, Vintage, 1994, pág. 29] alertam que o
anticomunismo como religião nacional é um dos filtros na maneira em que as
notícias são selecionadas e mostradas ao leitor. Uma ferramenta política de
manipulação:
"Esta ideologia, o anticomunismo ajuda a
mobilizar a população contra um inimigo, e porque esse conceito não é claro
isso pode ser usado contra qualquer um de encontro a políticas que ameacem
interesses privados."
A
cobertura
Foram
encontradas 66 matérias sobre a crise brasileira publicadas pelos três
jornais ingleses durante os períodos analisados. The Guardian publicou
33, The Times, 31 e o Daily Mirror, apenas 2.
Entretanto, a cobertura do Times foi quase 3 polegadas
mais extensa do que a do Guardian. [Uma polegada equivale a
25,4 mm. Uso polegada como medida porque este é o sistema usado na
Inglaterra.] Sem contar o espaço dado a fotos, manchetes e ilustrações
diversas, The Guardian publicou 316,075 polegadas de
texto, The Times, 319, e Daily Mirror, apenas 7
polegadas.
O Guardian não
só foi o jornal a publicar mais matérias sobre a crise no Brasil, como foi
o único a noticiá-la em primeira página. Seis de suas 33 matérias vieram em
primeiras páginas. Por outro lado, nenhuma carta de leitor foi publicada
sobre o Brasil nos quatro períodos analisados, em nenhum dos jornais.
Três
editoriais versaram sobre o que acontecia no Brasil. Dois noTimes: o
primeiro com 10,5 polegadas de texto logo após o golpe, e outro, de 10
polegadas, após a implementação do AI-5. The Guardian trouxe
um editorial sobre o fim da ditadura no Brasil, com 7 polegadas de texto.
Do
total de 87,15 polegadas de fotos e ilustrações publicadas pelos três
jornais, o Guardian usou 33,9, o Times, 35,25,
enquanto oDaily Mirror disponibilizou 18 polegadas numa única
fotografia!
A
porcentagem de matérias produzidas por agências de notícias foi baixa,
comparada à produção própria dos jornais. Das 635,075 polegadas de texto
publicadas, apenas 86,375 polegadas foram assinadas por agências.
Correspondentes específicos assinaram 349,625 polegadas, e as 199,075
polegadas restantes foram publicadas sem especificação da fonte geradora.
(Ou em editoriais ou sob assinaturas como "nosso correspondente"
ou "nosso correspondente na América Latina".)
Os
correspondentes
O correspondente
que teve mais texto publicado foi Arthur Hopcraft, que trabalhava para
o Guardian no Brasil em 1964. Seus cinco artigos foram
responsáveis por 56% do total da cobertura que o jornal deu ao golpe
militar no Brasil.
Richard
Gott, também funcionário do Guardian, foi o único a ter
matérias publicadas em mais de um período analisado. Ele falou sobre o AI-5
e também sobre o caso Herzog.
Os
títulos
A
palavra ditadura foi usada em um único título para
descrever o regime implantado no Brasil. Foi pelo Guardian, em
17 de dezembro de 1968. Foi também o Guardian que publicou
o único título contendo a palavra tortura, em 15 de abril de
1964. Menções à censura � a própria palavra censura, censor ou imprensa
livreestiveram presentes em quatro títulos. Dois do Guardian,
dois doTimes.
Os
militares no poder foram descritos como presidente em três títulos, e em
nenhum como ditadores. A palavra crise foi
usada uma única vez, enquanto a palavra exílio foi
repetida em cinco títulos.
Contando
a história
A
cobertura apresentada por cada jornal evidenciou suas visões históricas e
políticas. Para o Times, a ditadura foi a salvação para o
Brasil contra o comunismo. Para o Guardian, ela trouxe prisões
e censura. Este jornal tentou mostrar-se independente do ponto de vista político,
mas ainda se deixou influenciar pela ideologia americana da Guerra Fria. Já
para o Daily Mirror nada de muito importante estava
acontecendo fora da Inglaterra...
Isto
lembra aquela célebre frase que remete ao ovo e à galinha. Será que os
jornais publicam o que seus leitores querem ler, ou publicam o que
acreditam, e os leitores é que escolhem qual jornal comprar de acordo com
seus históricos econômicos e políticos?
Entretanto,
este comportamento da mídia, de condenar práticas em certos lugares e se calar
em relação às mesmas práticas em outras partes do mundo, pode ser explicado
pela Teoria da Gratificação, de Katz, que diz que "indivíduos procuram
informações que apoiarão suas crenças e práticas, e evitam informações que
os desafiem" [International Media Research: A Critical Survey,
John Corner, Londres e Nova York, Routledge, 1997, pág. 29.].
Houve
muitos aspectos reportados de forma dúbia pelos jornais.The Times disse
que João Goulart tinha se exilado na Europa, depois disse que era na
Argentina, e também considerou a possibilidade de ele estar no Paraguai ou
no Uruguai. Para The Guardian,
Goulart estava na Bolívia...
Na
cobertura do golpe é evidente a influência da ideologia americana,
principalmente nas matérias de Hella Pick, correspondente nos Estados
Unidos. A única mulher correspondente encontrada nesta pesquisa acabou
passando uma visão incompleta e distorcida dos fatos. Suas fontes foram
sempre o governo americano e seus artigos não mostravam nenhuma visão
crítica dos acontecimentos.
Outro
aspecto que deveria ter tido mais destaque e não teve foi a prisão de JK.
Para The Guardian e The Times, Juscelino foi
apenas um entre os 200 presos após o AI-5. Ignorou-se o fato de que se
tratava de um dos maiores presidentes que o Brasil já tivera e um dos
maiores opositores do regime.
O
símbolo da perseguição após a implementação do AI-5 foi na verdade o
jornalista Alberto Dines, então editor do Jornal do Brasil,
preso no Natal de 1968. Dines atribui o fato a um lapso corporativista.
"Foi injusto e eu não digo isso por modéstia", declarou Dines por
e-mail em 19 de agosto de 2002. O mesmo sentimento de corporativismo
jornalístico entretanto não foi visto na cobertura do assassinato do
jornalista Vladimir Herzog. Enquanto The Times deu 21,25
polegadas para noticiar a prisão de Dines, a morte de Herzog ocupou apenas
2,5 polegadas.
Algumas
pessoas podem aceitar a desculpa de que a imprensa inglesa noticiou os
eventos que ocorriam no Brasil desta maneira porque a censura tinha feito
os correspondentes calarem, já que estrangeiros também foram perseguidos e
presos, a exemplo do que ocorreu a um repórter francês. Mas o fato é que
mesmo quando a ditadura acabou, ou quando a censura foi finalmente
retirada, os jornais ingleses continuaram não demandando por justiça, mesmo
tendo um jornalista brasileiro trabalhando para ela.
Conclusões
gerais
A
cobertura dada ao regime militar brasileiro pode ser encarada como
inesperadamente extensa, se aceitarmos o conceito de que a notícia perde
seu impacto com a distância entre o veículo que a publica e onde aconteceu
o fato.
Entretanto,
não causa nenhuma surpresa se levarmos em consideração que, mesmo o Brasil
não tendo sido parte do Império Inglês, logo não tão "notícia"
para os jornais ingleses como suas ex-colônias, o Brasil é o maior país da
América Latina. Por isso, a imprensa inglesa séria tinha o dever de
informar aos seus leitores (formadores de opinião) sobre o que estava
acontecendo no Brasil.
Por
outro lado, o Daily Mirror não tem essa obrigação para com
os formadores de opinião. Como tablóide, sua função é a de "divertir
seus leitores, mais do que chateá-los com assuntos pesados".
Como
ambos os processos de seleção e distorção da notícia acontecem em todos os
passos da cadeia entre o evento e o leitor, isso explica por que o Guardian mostrou
uma cobertura dos fatos mais fiel que o Times, principalmente
no primeiro período analisado, uma vez que o processo do Guardian com
freqüência foi "correspondente-editor do jornal-leitor", e o
do Times foi "repórter-editor da agência de
notícias-redator do jornal-editor do jornal-leitor".
De
qualquer maneira, mesmo a cobertura podendo ser vista como longa, ela não
se aprofundou. Foi basicamente costurada com despachos do governo ou
material previamente publicado ou transmitido pelos veículos de comunicação
brasileiros. Não houve nenhuma fala de pessoas comuns, do "povo",
em nenhuma das 66 matérias, todas sobre o país ou pessoas da elite
brasileira.
Desta
forma, pode-se concluir que o povo brasileiro não teve voz na imprensa
inglesa durante o regime militar. Os jornais foram quase como palanques
para que autoridades passassem suas opiniões.
Não
houve nenhuma matéria de aspecto ou interesse humano sobre a implementação
da ditadura no Brasil. Não foi descrito como o golpe mudou as vidas dos brasileiros
ou o que acontecia com as pessoas exiladas. A única exceção foi matéria (se
é que podemos chamar assim) publicada pelo Daily Mirror, na
segunda-feira 6 de abril de 1964, sob o título "Em exílio: uma mãe e
seu filho". Entretanto, essa matéria foi tão inconsistente que não
adicionou nada à cobertura como um todo.
Também
não houve nenhuma entrevista com nenhuma das partes envolvidas no processo.
Nenhum pedido de justiça para os que estavam sendo presos contra a lei. Não
é preciso dizer que também não houve nenhum relato real de pessoas sendo
torturadas pela polícia.
A
conclusão então é a que ditadura brasileira não foi na verdadenewsworthy (de
interesse editorial) para a imprensa inglesa. Reforço meu argumento com o
exemplo extraído da cobertura doGuardian da decretação do AI-5.
Enquanto esse jornal disse brevemente, em quatro parágrafos, assinados pela
Reuters e a UPI, na primeira página do dia 16 de dezembro de 1968, que o
Brasil estava sob censura, ele deu 20 parágrafos ao desenrolar da ditadura
na Grécia (seis parágrafos assinados por Cedric Thornberry na página 3 e 14
parágrafos na página 9 sem assinatura). Na página 2 do dia 18 de dezembro
de 1968 Thornberry, em sete parágrafos, usou um porta-voz do governo para
informar que 200 pessoas haviam sido presas, incluindo o ex-presidente
Juscelino Kubitschek. Mas deu no mesmo dia oito parágrafos, e com primeira
página, em matéria que humanizava um único refugiado grego na Noruega. Este
mesmo refugiado foi ainda assunto para três outras matérias no dia seguinte,
somando um total de 25 parágrafos.
Postura
dos jornais por aspecto analisado
** Preparação para o golpe
The Times: Deu grande cobertura, descrevendo o medo de
que o Brasil se tornasse um país comunista. Previu o golpe. Apesar de não
ter usado adjetivos, sugeriu que o país estava sob atmosfera de revolta.
Todos os seus títulos trouxeram palavras com apelo negativo forte como
revolta, crise política e distúrbios.
The Guardian: Publicou apenas uma matéria
antes do golpe. Deu a impressão de que não estava alerta para o clima real
no Brasil.
Daily Mirror: Calou-se.
** O golpe em si, em 1� de abril de 1964
The
Times: Deu grande cobertura,
descrevendo o golpe como "almost bloodless" (quase sem sangue).
Goulart era uma ameaça à ordem pública e a calma finalmente retornou ao
país quando os militares ganharam controle total.
The
Guardian: Deu grande cobertura, mais
fiel aos fatos do que oTimes. Mencionou a possibilidade de o golpe
ter sido patrocinado pelos Estados Unidos. Mas a possibilidade foi negada
por Washington.
Daily
Mirror: Calou-se.
** Reação ao golpe e à ditadura
The Times: Disse não ter havido reação contrária ao
golpe, e sim um carnaval para festejá-lo. Não fez nenhuma menção ao Partido
Comunista. Disse que o golpe teve apoio da maioria da população.
The Guardian: Descreveu prisões e o medo de uma guerra de
guerrilha em reação ao golpe.
Daily Mirror: Contou do carnaval no Brasil para festejar o
golpe. Também revelou-se "so sorry" porque, por causa do golpe, a
bela primeira-dama brasileira havia se transformado em exilada política...
** Violência
The Times: Muita violência foi descrita
antes do golpe. Mas não foi mencionada durante o processo do golpe em si.
The Guardian: Mencionou que o Brasil estava longe de estar
calmo, como os militares haviam descrito.
Daily Mirror: Calou-se.
** Militares no poder
The Times: Eram as pessoas que "salvariam"
o Brasil do comunismo. Mas eram também pessoas que agiram contra o
Congresso.
The Guardian: Eram pessoas que agiram contra o Congresso e
perseguiam qualquer um que fosse ao menos simpático ao comunismo.
Daily Mirror: Calou-se.
** Pessoas desaparecidas
The Times: Praticamente calou-se para este fato. Tocou no
assunto vagamente em poucas matérias.
The Guardian: Contou que pessoas estavam desaparecendo em
prisões das quais o próprio regime confessava ignorância.
Daily Mirror: Calou-se.
** Censura
The Times: Alertou para o perigo de o Brasil perder sua
liberdade de expressão desde antes o golpe acontecer. Depois do AI-5,
continuou denunciando as ameaças à imprensa brasileira de maneira
consciente. Não disse, porém, que a censura tinha sido estendida aos
intelectuais.
The Guardian: Contou que os militares haviam imposto censura
à mídia quando tomaram o poder, mas foi negligente ao não falar do assunto
após o AI-5.
Daily Mirror: Calou-se.
** Preparação para a eleição presidencial
The Times: Publicou matéria no dia da eleição dizendo que
Tancredo era o favorito nas pesquisas. Disse também, en passant,
que o Congresso havia tentado implementar eleições
diretas.
The Guardian: Deu uma ampla cobertura, falando sobre os
conflitos entre o provável novo presidente e os sindicatos, mesmo antes da
eleição.
Daily Mirror: Calou-se.
** Fim da ditadura e eleição presidencial
The Times: Descreveu o processo de votação e mostrou o
resultado das eleições. Nenhum "balanço" da ditadura foi feito.
The Guardian: Descreveu o processo de votação, mostrou o
resultado das eleições e falou da celebração popular após o resultado.
Nenhum "balanço" da ditadura foi feito.
Daily Mirror: Calou-se.
** Brasil depois da ditadura
The Times: Voltaria a ser uma
democracia plena.
The Guardian: Precisaria de sorte e tempo para resolver os
problemas herdados pelo regime militar.
Daily Mirror: Calou-se.
(*)
Jornalista
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